Pedro do Coutto
Numa entrevista de página inteira a Luiz Ernesto Magalhães e Renan Rodrigues, O Globo, edição de sexta-feira, o prefeito Marcelo Crivella afirmou que disputará a reeleição nas urnas de outubro, apesar das dificuldades existentes que transformaram seu mandato, digo eu, em uma verdadeira desadministração.
A reportagem destaca que Marcelo Crivella enfrenta dívidas a pagar e a prefeitura tem pouco dinheiro em caixa. Efetivamente sua vitória no pleito de 2016 foi um verdadeiro desastre. Para ele e sobretudo para a população.
PROVA DA OMISSÃO – Crise na área da saúde, muito grave e profunda, a prefeitura não conseguiu assegurar o direito do povo e os hospitais e centros de saúde do Rio são a prova concreta da omissão. Recentemente, pesquisa do Datafolha apontou uma reprovação de 72%. Difícil, para dizer o mínimo, seu objetivo de permanecer por mais quatro anos no Palácio da Cidade.
Crivella anunciou que vai partir em busca de apoio político, porém dificilmente alcançará êxito. Seu mandato encontra-se demolido, uma vez que não conseguiu cumprir os compromissos da campanha eleitoral. O candidato, assim, está em contradição com o próprio prefeito.
O impacto maior de sua passagem pela cidade está refletido na decisão da Justiça do Trabalho que determinou o embargo de cerca de 500 milhões de reais da arrecadação de novembro para pagar os salários atrasados dos empregados terceirizados, principalmente dos hospitais.
ACORDO DESCUMPRIDO – A Secretaria de Fazenda, dizem Ernesto Magalhães e Renan Rodrigues, teria descumprido acordo feito com vereadores em 19 de dezembro. Na ocasião, anunciou que iria regularizar inclusive os pagamentos às Organizações Sociais que dão suporte a atuação municipal.
A prefeitura aumentou o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis em 50% e elevou também o Imposto Predial e Territorial Urbano, mas o prefeito não forneceu os serviços a que se comprometeu. Confusão geral, um drama para os cariocas.
PROMESSAS ELEITORAIS – Eu falei em compromissos de campanha eleitoral. As legendas partidárias das quais vão surgir as candidaturas deveriam ter a iniciativa de apresentar aos candidatos um documento que contivesse as promessas destinadas a seduzir os eleitores e eleitoras.
Os documentos deveriam constar da pauta da Justiça Eleitoral, porque assim teríamos um compromisso público capaz de ser cobrado pelo eleitorado ao vencedor das eleições.
Não se sabe ao certo ainda quais serão os candidatos. Mas sabemos de antemão os enormes problemas que precisam ser resolvidos. Marcelo Crivella comprometeu-se a cuidar das pessoas. Falhou.
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