CGU recorre ao TCE-PB para fazer valer a transparência dos atos públicos
O Tribunal de Contas da Paraíba vai oficiar as Prefeituras acerca da
obrigatoriedade do cumprimento ao que determinam as Leis da
Transparência e, mais recentemente, a do Acesso à Informação. O anúncio
foi feito, na manhã desta sexta-feira (5), pelo presidente do TCE,
conselheiro Fábio Nogueira, ao receber, em seu gabinete, o chefe da
Controladoria Geral da União no Estado (CGU) Fábio Araújo.
A
menos de dois meses do prazo estabelecido (28 de maio) para que todos
os municípios brasileiros exponham, na internet, os atos de gestão
pública, notadamente os relacionados aos gastos orçamentários, apenas 59
das 223 Prefeituras paraibanas dispõem de sites com endereços
eletrônicos oficiais.
Acompanhado
do auditor Gabriel Aragão, o chefe regional da CGU – que também
coordena no Estado as atividades do Fórum de Combate à Corrupção (Focco)
– considerou que essa providência é de importância vital para o
cumprimento daquilo que estabelecem as duas Leis, “em vista da
capilaridade do Tribunal de Contas e de seu poder de arregimentação dos
prefeitos e demais gestores públicos”.
“Nós
já havíamos decidido emitir circulares às Prefeituras e a solicitação
então feita pela CGU, nos reforça, agora, esse propósito”, observou o
conselheiro Fábio Nogueira durante o encontro do qual também participou o
ouvidor do TCE André Carlo Torres Pontes.
Os
visitantes destacaram a importância do Sistema de Acompanhamento da
Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres) – ferramenta do TCE em favor
do controle externo – e consideraram que às Prefeituras já estariam
atendendo, de modo parcial, à transparência dos próprios atos, se
expusessem em seus portais as informações que repassam,
obrigatoriamente, ao Sagres. “Apenas faltariam aquelas em tempo real,
concomitante com a realização dos gastos públicos”, observou o auditor
Gabriel Aragão.
Ele
e o coordenador da CGU Fábio Araújo disseram aos conselheiros Fábio
Nogueira e André Carlo que, em outros Estados, os colegas são
costumeiramente pegos de surpresa com os avanços que já inscrevem o
Tribunal de Contas da Paraíba na vanguarda do controle externo
brasileiro. “Abrimos o Sagres e o Tramita (Sistema de Tramitação
Eletrônica de Processos, outra ferramenta do TCE) e todos se
surpreendem”, contou Gabriel Aragão.
BRASIL
TRANSPARENTE – Ambos também falaram do “Brasil Transparente”, programa
com o qual a CGU pretende estimular a transparência e o acesso à
informação previstos, constitucionalmente, como direito do cidadão e
dever do Estado. E estabelecidos, também, em normativos a exemplo da Lei
de Responsabilidade Fiscal, da Lei da Transparência (Lei Complementar
nº 131/09) e da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/11).
A
aprovação desta última garante aos brasileiros o acesso amplo a
qualquer informação e documento produzidos ou custodiados pelo Estado
desde que não tenham caráter pessoal e não estejam protegidos por
sigilo.
Os
dois representantes da CGU na Paraíba saíram do encontro com o
presidente Fábio Nogueira e o ouvidor do TCE André Carlo Torres Pontes
com o compromisso do fortalecimento da parceria entre ambas as
instituições, em defesa das ações de controle externo dos atos e gastos
públicos.
>AScom – TCE/PB – Frutuoso Chaves
>AScom – TCE/PB – Frutuoso Chaves
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