terça-feira, 31 de maio de 2011

O país parece estar vivendo uma epidemia de corrupção. Em Campinas, exemplo da decadência política brasileira, a mulher do prefeito é suspeita de ser chefe da quadrilha.

Carlos Newton

A corrupção brota em todas as fontes. A imprensa praticamente não cuida de outra coisa, e tem obrigação de fazê-lo. Veja-se o caso da importante cidade de Campinas, onde uma quadrilha conquistou o poder, através do prefeito Dr. Helio, que é do PDT, mas muito ligado ao ex-presidente Lula e ao ex-ministro José Dirceu.

O juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Augusto Bernardes, atendeu ao pedido do Ministério Público e decretou a prisão de 20 suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes licitatórias na Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), entre os quais o vice-prefeito Demétrio Vilagra, do PT.

Ficou faltando pedir a prisão da primeira-dama do município, Rosely Nassim, que chefia o gabinete do marido (os dois também estão sendo investigados pelos promotores, pois não seria plausível que houvesse envolvimento apenas da mulher dele, que é tido como chefe da quadrilha, vejam só como as feministas têm evoluído nesse país).

O vice-prefeito Demétrio Vilagra pedia propina a empresários da cidade alegando que o dinheiro seria destinado ao “pagamento de dívidas de campanha”. A acusação consta de declaração formal à Polícia e ao Ministério Público, feita em audiência fechada.

Alfredo Ferreira Antunes e seu filho, Augusto, donos da Global, empresa de jardinagem, reconstituíram como teria sido a abordagem do petista. O empresário disse que “não se lembra da data (do encontro) precisamente”, mas afirmou que depois da solicitação de Vilagra dirigiu-se ao escritório dele, na presidência da Ceasa (Central de Abastecimento), cargo que acumulava com o de vice-prefeito. “Foi no período da manhã. Dei ao Demétrio diretamente R$ 20 mil em espécie e duas garrafas de vinho. Ele disse que precisava pagar umas broncas porque havia gente a quem tinha prometido emprego e não tinha como pagar.”

No mesmo dia em que os empresários narravam com detalhes o pedido de propina por parte de Vilagra, cinco deputados petistas, liderados pelo presidente estadual do partido, Edinho Silva, foram em comitiva à Procuradoria-Geral de Justiça. Pediram explicações sobre os motivos que levaram a promotoria a requerer a prisão do vice-prefeito e disseram que o PT não vai admitir “especulação política” no caso. Mas por quê, se o principal acusado, o prefeito, é do PDT?

Detalhe: Cansadíssima, a mulher do prefeito tirou férias e abandonou o gabinete.

Fonte: Tribuna da Imprensa

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